No calor do Nordeste, com nome que ecoa coragem, Rayssa Breda não é apenas uma apaixonada pelo Triathlon, mas uma verdadeira heroína, moldada pela sensibilidade e força que só uma mulher determinada possui.
Desde a infância, Rayssa mergulhava em treinos e competições, dançando entre os aros da Ginástica Olímpica e driblando adversários no Handball durante a adolescência. No entanto, a vida a afastou desse universo, lançando-a em uma jornada de faculdade e trabalho que durou quase uma década. Foi uma pausa necessária, mas a chama do esporte permaneceu viva em seu coração.
Mudou-se para Maceió em 2018, buscando uma nova vida. As mudanças não foram apenas geográficas; a ansiedade tornou-se uma sombra persistente. Em meio às incertezas, sua feminilidade era uma força oculta, um poder que ela aprenderia a abraçar mais tarde.
Rayssa já em novos ares e novo esporte
Em 2019, uma sugestão médica fez nascer uma nova fase. Rayssa, com seus pés tocando a terra alagoana, deu seus primeiros passos na corrida. Cada passada não era apenas física, mas também uma jornada interna. Correr tornou-se seu refúgio, uma maneira de organizar os pensamentos e liberar endorfina, estabilizando a ansiedade que a acompanhava.
Entretanto, o ápice dessa jornada aconteceu em 2021, quando o Triathlon surgiu como desafio. Este esporte ousado a retirou da zona de conforto, despedaçou a imagem pré-concebida de mulher frágil. Rayssa se descobriu forte, não apesar de sua sensibilidade, mas por causa dela.
A força de Rayssa não residia apenas em sua determinação de nadar no mar e entre as ondas, pedalar quilômetros e correr incansavelmente. Sua maior força era sua sensibilidade, a capacidade de sentir cada emoção e transformá-las em combustível para seus treinos e desafios diários.
Rayssa saindo do mar, um meio que exige uma atenção especial dela
Cada braçada no mar, cada pedalada, cada passo na corrida eram rituais de autoconhecimento. A mulher sensível e a guerreira determinada dançavam em harmonia, mostrando ao mundo que a verdadeira força está na aceitação da própria vulnerabilidade.
Rayssa em Hamburg, Alemanha, onde disputou o Mundial de Triathlon. Quem ver sorriso não vê os bastidores. Ray também viveu uma verdadeira montanha russa nessa viagem e mais uma vez, a Força unida a Sensibilidade venceram
Os dias se transformaram em uma jornada de autodescoberta, onde a sensibilidade não era uma fraqueza, mas um superpoder. O Triathlon trouxe disciplina, constância, perseverança, mas, acima de tudo, ensinou que ser sensível não é um fardo, mas uma força inabalável.
Rayssa em ação, fazendo muita força com sua bike nova e usando um Macaquinho de Triathlon que possui um grande significado para ela, onde viveu dois momentos chaves. Sendo um deles e o primeiro, em um contexto que a fragilizou ainda mais e no outro de afirmação vitoriosa de sua resiliência e força - Foto Divulgação / Tríade Images
E agora, ao entrar em 2024, Rayssa Breda não é apenas uma triatleta, mas uma inspiração viva. Que este ano seja mais do que iluminado; que seja um capítulo emocionante de uma história escrita com a tinta da sensibilidade, onde a força de uma mulher determinada ecoa, persuadindo o mundo a abraçar não apenas a coragem, mas também a beleza da vulnerabilidade. Rayssa continua a escrever sua narrativa, provando que ser forte e sensível não é uma contradição, mas a mais poderosa das sinfonias.